sexta-feira, março 03, 2006

a viga




Há que suster o céu para ele não ruir sobre nós. Monstro de ferro erguido como uma viga por sobre a goela larga do rio, amparando o cinzento das nuvens num esforço digno de Hércules. Um qualquer poeta urbano plagiou a obra, assinando-a com a sua poesia estranha e abstracta. Um vulto feito sombra ladeia a margem e, ao longe, um abraço divino feito de betão testemunha tudo isto espreitando a cidade que se advinha por trás de nós.

Sem comentários: