terça-feira, abril 08, 2008

céus


Existem certos silêncios de luz que se vão derramando por tardes longas. No céu descoberto por entre o algodão das nuvens, esses silêncios escoam-se sobre o lago, pingando em folhas de um outono ainda jovem. A ilha repousa sobre e sob os céus, o de cima e o da água que o reflecte um pouco mais baço e trémulo. Do cais ninguém espreita nem ninguém espera e, ao fundo, o horizonte escuro de outras serras e colinas envolve tudo isto num laço largo, separando os céus, as folhas e as nuvens.

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