quinta-feira, fevereiro 28, 2008

pintutas urbestres


Multiplicam-se os poetas urbanos pela calada da noite. Esfomeados por deixar viva a sua marca, reclamando o trono da autoria, o halo da existência mesmo que marginal e pseudónima. Sangram os pilares da cidade encavalitando-se uns nos outros, espalhando palimpsestos pelas ruas já escritas por outros antes deles. E pelas vielas manchadas de paralelos, procuram um lampião que lhes ilumine o gesto em silêncio. Pela calada da noite uma outra poesia ergue-se pela urbe.

Sem comentários: