terça-feira, janeiro 29, 2008

caminho


És escoltado pelos troncos escuros das árvores. Se, por um lado, te convidam e te oferecem as sombras embalando-te numa brisa fresca de início de tarde, por outro lado, sugam-te como um remoinho escondido por entre a ramagem, as folhas, o solo e os arbustos, actuando em ti como a força da gravidade, subtil mas firmemente, numa espiral onírica, como um flirt ou desmaio.
Existe algo de hipnótico nestes caminhos que entram pelas florestas e pelos bosques, algo de feérico, como se lá dentro o mundo dos druidas e feiticeiros nos esperasse, e todos os mistérios fossem, não desvendados, mas revelados à nossa frente, moldados em seus enigmas indecifráveis.

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