terça-feira, abril 22, 2008

vala


Jazem hirtos os corpos decepados das árvores de outrora. Artificialmente prostrados num regimento de carcaças. As peles secas que se quebram sob o peso do sol, enrugando-se em linhas de uma sina sem testemunhas nem memória. Sina invadida por arbustos pacientes e ervas daninhas indiferentes que aos poucos, lenta mas firmemente, cobrem, com um outro silêncio mais, a vala de árvores decapitadas.

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